Entrevista

Entrevista da revista de musica Voxpop com o baixista Mike Kroeger.


VP – Como está a correr a vossa digressão pela Europa, promocional de “Silver Side Up”?

Mike Kroger - A digressão está a correr muito bem, está a ser fantástico. Agora estamos em Colónia, na Alemanha; vamos tocar para 4000 pessoas e nunca sequer cá estivémos antes! Já passámos pela Escandinávia, Grã-Bretanha, Holanda, depois vamos para França, Itália... nem me lembro de todos os países de cor, mas sei que não vamos passar por Portugal, o que é uma pena. Quando entrámos no avião para virmos para a Europa, não sabíamos o que esperar e agora...bem, como exemplo posso dizer-te que todos nós comprámos telemóveis internacionais, portanto, isto é um bom indicador de como as coisas nos estão a correr bem por aqui!


VP - De onde vem o nome “Nickelback”?

MK - Isso é culpa minha! Eu trabalhava num café em Vancouver (Canadá), onde nós começámos os Nickelback. O café custava 1.95 dólares ou 2.95 dólares e eu tinha sempre que dizer “here's your nickel back”. Quando chegou a altura de darmos um nome à banda, Nickelback pareceu-nos lógico além de que era a primeira vez que algum de nós sugeria um nome que não detestávamos. E até ver, tem resultado.


VP - Lembras-te muitas vezes dos tempos que passaste a trabalhar num café...

MK - Sim, mas até é bom porque foram bons tempos!


VP - Como se formaram os Nickelback?

MK - Bem, eu e o meu irmão (Chad Kroeger, vocalista da banda) já nos conhecemos há muito tempo. (risos). Conhecemos o Ryan Peake quando andávamos no sétimo ano, porque ele era da nossa turma, e ele conhecia o Ryan Vikedal. Um dia, o meu irmão Chad telefonou-me a perguntar se eu não queria entra para um banda com ele. E foi assim. Somos todos amigos, o que é óptimo, e temos uma relação fantástica.


VP - Esperavam que o tema “How You Remind Me” tivesse tanto sucesso?

MK - Estamos agradavelmente surpreendidos com o sucesso desta música. Acho que sempre desejamos que isto um dia viesse a acontecer; trabalhámos muito para isso e nunca desistimos. Mas nunca pensamos que resultasse tão bem...


VP - Como surgiu a colaboração com Rick Parashar, o produtor deste disco, que já trabalhou com os Pearl Jam no “Ten” ou com os Temple Of The Dog, no álbum homónimo?

MK - Nós andávamos à procura de alguém para nos produzir este disco mas, como éramos uma banda pouco conhecida, não havia muita gente interessada. Mandámos várias maquetas do nosso trabalho para produtores, mas alguns nunca nos responderam, outros diziam-nos que não estavam interessados ou então muito ocupados. Acabámos por mandar uma maqueta para o Rick Parashar e ele telefonou-nos logo a dizer que estava interessado em produzir o nosso disco. E foi óptimo porque ele é uma pessoa com um excelente gosto musical e um dos responsáveis pelo sucesso deste disco.


VP - No álbum, agradecem a bandas como Incubus, Lifehouse, Staind, 3 Doors Down, Creed, entre outras. Porquê?

MK - Nós tocámos com todas essas bandas e portanto, decidimos agradecer-lhes o apoio que nos deram quando ainda ninguém nos conhecia, mas que era quando mais precisávamos.


VP - Consideram que o sucesso da vossa música se insere numa onda musical que parece estar na moda actualmente?

MK - Sim, claro que sim, mas isso é algo que nos deixa ficar muito contentes porque é o tipo de música que gostamos. Finalmente, parece que o rock volta a reinar!


VP - O que pretendem fazer agora?

MK - Bem, vamos continuar a digressão promocional deste disco e depois vamos começar a trabalhar em novo material para um próximo álbum.


VP - Quais são os aspectos mais positivos de estar envolvido no mundo da música?

MK - São tantos e tão diversificados que nem sei dizer. Se me perguntasses os maus era bem mais fácil...


VP - Então, quais são os aspectos negativos?

MK - Não podermos estar em casa, com a nossa família e os nossos amigos quando queremos. Basicamente é isso...


Cristina Andrade. Voxpop